Recanto nem tão secreto de uma Ariana

Aceita um copo? Então sente-se, acomode-se e divirta-se.

16 junho, 2006

Atrasos...

Como sempre, obra nunca sai como se deve e, obviamente, está tudo atrasado. O Recanto ainda continua alojado em uma barraca de lona, o humor de AA piora proporcionalmente ao aumento do atraso e, só para piorar seus escravos... ops, seus trabalhadores, resolveram parar a reconstrução para ver a Copa...

- Eu não entendo... A Grécia nem está participando!!!!!
- Mas o Brasil está, e com grandes chances de ganhar.
- E daí? Desde quando vocês são brasileiros...
- Desde que temos um motivo para assistir futebol.
- Eu já não sei mais o que fazer com vocês.... - bufando desanimada, sentando num banquinho de plástico, chutando formigas que teimavam em passar no chão da barraca.

Essa reconstrução está realmente complicada... Desse jeito, nada mais de festas no Recanto, e o pior que toda a programação da copa foi "demolida".

- Você está muito desanimada, querida... - Mú faz uma massagem nas têmporas de AA.
- E não tenho motivo?
- Ter, até que tem, mas não adianta ficar assim... Ainda temos que contar mais lendas, não é?
- É verdade, você tem alguma em mente?
- Deixe-me pensar um pouco... Uma vez li um artigo sobre a origem de meu nome e de Lemúria... Pra mim, não passa de uma bela história, pois a verdade sobre as minhas origens não pode e não deve ser difundida assim, mas muitas coisas coincidem então... lá vai...

A LENDA DE MU E LEMÚRIA

A lenda de Mu é encontrada na maioria das ilhas do Oceano Pacífico. Por milhares de anos os polinésios conservam a história de um continente no Pacífico que teria sido a terra-mãe da espécie humana. O termo Mu parece ser a contração de um nome mais exótico, Lemúria, nome surgido de uma controvérsia, no século XIX, sobre a Teoria das Espécies de Darwin. Seus seguidores tinham, à época, muita dificuldade em explicar a existência de uma raça de primatas, os lêmures, em vastas áreas abrangendo a África, Madagascar, Índia e o arquipélago índico oriental. Alguns zoólogos sugeriram, então, a existência de uma grande massa de terra entre a Índia e Madagascar, há milhões de anos atrás. Phillip L. Schlater, zoólogo inglês, propôs o nome de LEMÚRIA para esta terra primitiva dos lêmures no Oceano Índico. Earnst Heinrich Haeckel (1834-1919), um naturalista alemão, utilizou-se de Lemúria para explicar a ausência de fósseis do homem primitivo, tentando, assim, explicar o elo perdido da evolução humana. Madame Elena Petrovna Blavatsky (1831-1891), fundadora da Teosofia, em seu famoso livro "Doutrina Secreta" declara haver lido a respeito de Lemúria no Livro de Dzyan, escrito em Atlântida e a ela mostrado pelos Mahatmas da Índia. Mme. Blavatsky situa Lemúria no Oceano Índico, há cerca de 150 milhões de anos atrás. Ela obteve essas informações das lendas sânscritas do continente de Rutas, afundado no mar. Porém o nome Rutas não condizia com a história cósmica por ela difundida. Ela descreve os Lemurianos como a terceira raça, a primeira a materializar-se no nível concreto, quando desenvolveu-se o corpo físico humano. Originalmente bissexuados, sua queda deveu-se após terem descoberto o sexo (W.Scott-Elliot - The Story of Atlantis & The Lost Lemuria - 1896). Scott-Elliot localiza Lemúria não apenas no Oceano Índico, mas se estendendo desde a costa oriental africana até os oceanos Índico e Pacífico, hoje aceito pela maioria dos escritores. Atualmente, os estudiosos aceitam a Lenda de Mu como idêntica às descrições de Lemúria, o que nos leva a concluir terem sido um mesmo continente, com uma mesma história. De acordo com os registros de vários livros espiritualistas, as tribos ou legiões que previram a extinção do continente de Mu rumaram para as partes mais altas, levando consigo sua cultura e conhecimento espiritual e tecnológico, fazendo surgir, após Atlântida, as civilizações Maias, Astecas, Incas, Sumérias, Hindus, Tibetanas, Egípcias e logicamente a cultura HAPA NUI com uma descendência Ka-huna ou pré-Inca. O que fica meio nebuloso é se Hotu-Matua encontrou remanescentes de antigas culturas de MU ou se encontrou ao acaso uma tribo isolada. Isso implicaria diretamente na origem dos famosos monólitos de Páscoa. A Ilha de Páscoa, que na língua local é conhecida como Hapa Nui, é como um ponto no meio do Oceano Pacífico. Fica no meio do caminho entre a costa da América do Sul e o Tahiti e fica a 3700 km do Chile, país a que pertence. Hapa Nui é o berço de uma civilização com grandes conhecimentos encerrados em tábuas pequenas de pedra e muitas delas foram destruídas pela ignorância religiosa da igreja após a chegada dos primeiros exploradores. O que mais intriga são as imponentes estátuas monolíticas de pedra maciça, esculpidas em lava porosa, e em alguns casos, retiradas a quilômetros de distância da base dos vulcões extintos na ilha. São no total 300 estátuas. Cada uma tem em média 4 metros de altura e pesa umas 30 toneladas. Existe uma maior inacabada, a qual deveria ter uns 20 metros de altura e umas 50 toneladas. Segundo uma lenda local, tempos atrás o Rei Hotu-Matua e sua Rainha, com 7 mil súditos desembarcaram na ilha e se instalaram. Chegou em duas grandes canoas e cada uma era do tamanho de uma praia local. A despeito de qualquer exagero dos nativos, o Rei Hotu poderia ter origem pré-Inca ou mesmo Ka-huna e trouxe consigo grandes conhecimentos do antigo continente perdido de MU, que sucumbiu bem no local onde se encontra Hapa Nui. Segundo os estudos das antigas civilizações MU seria o berço de todas as civilizações posteriores, onde teria sido semeada uma elevada raça de seres humanos que mantinham contato com seus progenitores. A ilha de Páscoa é um grande mistério. A forma com que as estátuas foram arrumadas e enfileiradas na restinga da ilha sugerem que elas representariam aspectos de antigos colonizadores estelares...

TEXTO RETIRADO DO SITE RECANTO DE PAZ. ( http://www.recanto.paz.nom.br/continentes/lemuria_mu.htm) .

- Não deixa de ser interessante como os humanos conseguiram chegar tão perto da verdade...
- Conte mais Mú!!!!!
- Quem sabe um dia... quem sabe...

Pelo menos com as histórias a reconstrução ficava um pouco mais interessante. Agora restava tentar se acomodar da melhor maneira possível dentro da barraca, colocar as cervejas no isopor com gelo (santa decadência, Batman - antigamente eram os super-freezers do Recanto), um bombril básico na ponta da antena estratégicamente equilibrada quase formando uma escultura pós moderna e aguardar o jogo comendo "biscoito de isopor", porque não dá nem para fazer pipocas.

Pensamento do Dia
"O homem que a dor não educou será sempre uma criança. "
(N.Tommaseo)